quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

O cristão pode adotar métodos anticoncepcionais?

 
 
 
Posted by in Blog
 
Imagine o mundo sem a presença de crianças! Quando Karen nasceu a alegria de ter um bebê em minha casa contagiou a família. Mas não posso ignorar as responsabilidades implícitas nesta chegada. Educação, saúde, boa alimentação, atenção, carinho e todo cuidado que um ser humano exige. Meu bebê cresceu, hoje é uma moça linda – a cara do pai. Mas não fiquei só na Karen, hoje ainda educo, alimento, dou atenção, carinho e todo cuidado as minhas duas bebês: Kety e Kamylle. Fechei a fábrica – diga-se de passagem.
Em países como a China as medidas restritivas com relação a concepção está em motivos indiscutíveis: a população cresceu tanto que o espaço territorial e o desenvolvimento socioeconômico não foram suficientes para comportar tamanho número populacional. Com isso a falta de alimento e a dificuldade em manter uma infraestrutura digna a um ser humano forçaram as restrições – ou, no caso, ao controle da natalidade.
O mandamento de Deus antes da queda do homem no Jardim do Éden foi: “Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a” (Gn 1.28). Para alguns incautos isso já é motivo suficiente para se opor a qualquer método ou tipo de limitação de filhos por um casal cristão. Claro, que também existem os liberais, que defendem até mesmo o aborto quando diz respeito ao planejamento familiar. Um triste exagero.
Mas o que a Bíblia diz sobre este assunto? Ou, se não é clara ao abordar o tema, o que podemos aprender com os exemplos na Palavra de Deus? Sabemos que no Antigo Testamento ter filhos, principalmente filhos homens, era uma bênção para a família. Quanto maior a família melhor. Mas encontramos diversos personagens que não podiam ter filhos, como o patriarca Abraão (Gn 11.30), Ana mãe de Samuel (1 Sm 1.2), etc. Uma mulher estéril naqueles tempos era sinônimo de vergonha. Os filhos eram considerados presentes de Deus, tesouros divinos e simbolizavam a prosperidade de Deus sobre a vida do indivíduo.
No Novo Testamento as coisas não mudaram, aqueles que não podiam ter filhos sentiam-se frustrados. Como Zacarias esposo de Isabel, não tinha filhos, pois sua mulher era estéril (Lc 1.14). E Jesus enaltecia a presença infantil: “Mas Jesus, chamando-os para si, disse: Deixai vir a mim os pequeninos” (Lc 18:16).
E tanto no Novo quanto no Antigo Testamentos houve um controle forçado de natalidade. No Antigo, Faraó, após a morte de José decretou um controle para que não nascessem filhos homens entre o povo de Israel (Ex 1.15,16), mas Deus interviu. Da mesma forma no Novo Testamento (Mt 2.18), quando Herodes tentou matar o menino Jesus. Mas o anjo apareceu mandando José se retirar com o menino (Mt 2.13).
Quanto ao planejamento familiar não há referências expressivas na Bíblia. Mas se os filhos são bênçãos para o lar e herança do Senhor, a irresponsabilidade, sub-nutrição, mal-educação, e o mal-cuidado pode desagradar ao Senhor. O casal deve estar preparado emocionalmente, fisicamente, financeiramente e espiritualmente para gerar um filho. O cristão deve buscar a direção de Deus e se preparar para, ao receber a dádiva da bênção conjugal de gerar uma vida, conseguir dar os cuidados necessários para manter esta vida de forma digna. Boa alimentação para desenvolvimento do novo ser, cuidados com a saúde para não desenvolver deficiências, subnutrição, boa educação para não criar uma pessoa prejudicada em relação aos demais indivíduos, são algumas das responsabilidades implícitas.
A paternidade deve ser exercida com responsabilidade isso agrada a Deus. Não esqueça que “tudo tem seu tempo determinado” (Ec 3.1), desta forma o planejamento e o controle deve ser acompanhado de oração.
É moralmente justificável a limitação de filhos por questões socioeconômicas por saúde da mãe e por planejamento familiar, mas a vaidade é pecado. Evitar ter filhos por questões falaciosas, como evitar filhos para não perder a juventude, ou, para não perder o porte físico, a esbelteza, porque a vida está difícil, para não ter trabalho, porque não acha justo ter filhos em uma sociedade com tantos problemas, são argumentos injustificáveis e que trazem um grande perigo de pecar contra a vontade permissiva de Deus.
Quanto a abstenção sexual, a Bíblia permite, para que se dediquem melhor à oração, “por mútuo consentimento”, num período de tempo (1 Co 7.4,5).

8 comentários:

  1. Mas Marco Feliciano, eu por exemplo, não tenho vontade de ser mãe e não desejo. Agora imagina se eu tivesse, sem ter esse desejo? Outra pergunta é, e quando o casal decide não ter filhos? Seria isso um pecado, vindo da decisão do casal? Por favor, me responda. Fica com Deus e a paz do Senhor.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eles especificou alguns casos que é vaidade nos ultimos paragrafos, acho se seu desejo não se enquadrar em nenhum deles não é errado!
      Mais acho que deva buscar mais sobre o assunto com alguem que entenda!

      Excluir
  2. não tenho vontade de ser mãe, nunca tive , nunca sonhei com isso!! eu vejo que tem no meio evangélico uma pressão psicológica, uma imposição social... eu vejo que muitas mulheres são oprimidas em nome de Deus por causa disso.

    ResponderExcluir
  3. Tenho uma filha, mais não quero outro filho por motivos de saúde. Então, estou pecando?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Este comentário foi removido pelo autor.

      Excluir
    2. Ele deixou bem especificados nos ultimos paragrafos ,que em casos de saúde da mãe não é errado!

      Excluir
  4. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Família e formada por Pai Mãe e um ou mais filhos, família e projeto e você decidi quantos você quer ter.

      Excluir